A discussão agora passou a ser a falha humana. Como está claro, a chuva e o tamanho da pista foi irrelevante. Quem insiste nestes aspectos, leiam meus outros posts ou pesquisem os fóruns especializados.
Todos dizem que o piloto posicionou incorretamente a manete direita (estava na posição climb e não em idle) e com isso os freios aerodinâmicos (spoilers e reverso esquerdo) e autobrakes, não funcionaram, e além disso, a reação do piloto de acionar os freios manualmente foi tarde demais.
Isto ainda não me convenceu. Primeiro, porque os pilotos eram muito experientes e cometeriam um erro tão elementar? Porque o piloto iria manter as manetes em posição diferentes? É até mesmo difícil manipular as manetes separadamente, e são poucas as situações que isso é necessário.
Até agora ninguém admite a hipótese de haver um registro errado dos sensores. Mas, eu que lido com tecnologia e informática, não descarto esta hipótese. Ou seja, o computador e a caixa preta registraram isso, mas quem garante que isso foi efetivamente a intenção (ou descuido) do piloto? E se o sensor do manete registrou incorretamente a movimentação do manete? Pilotos me ajudem. É uma hipótese sem sentido?
Complementação (10/08/07 - 14:30): A Folha acaba de publicar: “[...]Mas a leitura indica que o manete ficou em quase 25º -- isso equivale a uma forte aceleração ("max climb"). Enquanto isso, o manete esquerdo foi trazido para reverso máximo, posição a -20º, como ocorrera em Porto Alegre. "Esquecer" o manete nessa posição durante um pouso é considerado por pilotos um erro primário e improvável. Assim, há a hipótese de que o manete teria sido movido corretamente, mas por algum motivo isso não foi detectado. A falha pode ser eletrônica, dos sensores ou até mecânica.” (Folha)
Complementação (11/08/07 - 22:00): A Folha divulgou todos os gráficos da caixa-preta. Por estes gráficos pode-se ver que ao contrário do pouso em Porto Alegre e pouso anterior em Congonhas, no trágico pouso a manete direita não se mexe nada! Não é muito estranho isto? Ela não foi para a posição errada, ela simplesmente não se mexeu! Será que ninguém percebe que há alguma coisa errada com isso? Veja gráficos aqui.
Complementação (16/08/07 - 12:00): Nos fóruns técnicos que tenho pesquisado, nem os pilotos experientes admitem que houve uma falha de sensores ou equipamentos, já que há um nível de redundância muito alto. Todos dizem que foi um "deslize" do piloto. Eu ainda custo a crer. Muitos criticam a lógica do automatismo do Airbus, mas a maioria a defende. Claro que todos dizem que se a pista fosse maior, o acidente poderia ser evitado. Mas isto não significa que todos os aeroportos pequenos devam ser fechados, é só aprender com estas lições e evitar novas tragédias. Basta treinamento dos pilotos para acidentes iguais a este não ocorrer nunca mais. O que não vai impedir que um piloto, em algum lugar do mundo, pisar sem querer no "acelerador" na hora de parar.
Complementação (17/08/07 - 22:50): Dois funcionários da empresa aérea Gol, que pousaram no Aeroporto de Congonhas com um Boeing minutos antes do acidente com o Airbus A320 da TAM, no dia 17 de julho, foram ouvidos, na tarde desta sexta-feira, no 27º Distrito Policial, em São Paulo. Os pilotos da Gol disseram que é absurda a hipótese de que os comandantes da TAM tenha deixado uma das manetes em posição de aceleração, já que eram profissionais experientes que "jamais cometeriam um erro infantil como esse". Fonte: Terra
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
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Um comentário:
Oi Carlos, Um piloto entrou em contato comigo e ele tem um excelente blog cheio de informações pertinentes: http://www.globoonliners.com.br//
icox.php?mdl=pagina&op=listar&
usuario=363
Abraços,
Tenney
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