segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fokker-28 acidenta-se em Quito

Um avião Fokker-28 da empresa ICARO com 66 ocupantes saiu hoje da pista quando decolava do aeroporto internacional Mariscal Sucre em Quito para El Coca. Não houve feridos. A pista deste aeroporto tem 3.120 metros, o que não chega a ser uma pista pequena. Mesmo assim não foi suficiente para a decolagem deste avião, de certo modo pequeno. Mas o que impressiona neste aeroporto é a sua localização. Vejam a proximidade do avião com as casas ao fundo.



Vocês perceberam que o avião deslizou por um gramado e os trens de pouso se romperam, só parando no muro? Como vocês podem observar, nesta situação o concreto mole proposto por muita gente, não teria qualquer efeito. Os trens de pouso se romperiam da mesma forma, só que o atrito entre o avião e o piso seria muito maior. Vejam que o avião não se incendiou, embora estivesse com os tanques cheios. Agora se o avião tivesse parado sobre o concreto mole, talvez os danos para o avião poderiam ser menores, mas ele seria o elemento salvador da tragédia, como diria toda a midia e os "especialistas".


Vejam a localização do aeroporto no meio da cidade. Mais parece um aeroporto com uma cidade em volta, do que um aeroporto no meio da cidade.


Vocês já viram algo parecido? Claro que sim. Estas situações estão presentes em inúmeros locais onde as cidades cercaram os aeroportos. Vejam que o relevo de Quito é muito acidentado, a decisão da construção de um novo aeroporto é muito difícil, senão impossível. Além disto, o aeroporto de Quito está a 2.800 metros de altitude. Isto cria ainda mais dificuldades para pousos e decolagens. Nossos amigos equatorianos têm um grande problema nas mãos. Mas o que fazer? Fechar o aeroporto? Proibir o tráfego aéreo? Desapropriar a cidade em volta? Criar áreas de escape por decreto? Não, não há uma solução fácil.

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