Os dois casos que a mídia identificou foram de aviões que não se elevaram o suficiente e chocaram-se com postes ao final de pistas menores que a de Barajas. Portanto alguma coisa já há de diferente nestes acidentes. Dizem que o avião da Spanair perdeu sustentação (“stolou”), por um outro erro do piloto, ao tentar decolar de qualquer jeito e inclinando demais o avião para subir ou perdendo o controle por sua instabilidade. Vocês não estão achando que há muitos erros deste pobre piloto? Quanta incompetência junta seria! Não, não é assim que se divulga e se fazem hipóteses sobre acidentes, falta bom senso a estes jornalistas. Certo, verificou-se que os flaps não foram acionados, e provavelmente este foi um erro dos pilotos, mas se esta foi a causa do acidente ou um simples fator contribuinte há muito que deve ser verificado. É muito cedo para condenar os pilotos. Parece que a mídia não aprende com a história.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
A mídia encontra rapidamente os culpados
Cada vez mais me surpreende como a mídia chega a conclusões sobre os acidentes aéreos de maneira tão rápida e peremptória, mesmo havendo centenas de hipóteses sobre o que possa ter ocorrido. Um simples fator contribuinte passa a ser a causa do acidente. No acidente de Barajas com o MD82 da Spanair, por exemplo, o Wall Street Journal, através de informações vazadas pelos investigadores que estão analisando as gravações da caixa-preta (CVR), verificaram que os flaps não estavam estendidos e ao mesmo tempo os alertas desta situação não foram acionados por falhas elétricas. Identificaram dois acidentes provocados pelos pilotos que esquecerem de acionar os flaps. Pronto, para toda a mídia a causa, ou seja, a falha humana, já foi estabelecida. O piloto cometeu um erro básico, e depois de tantos anos, esqueceu os procedimentos para decolar. OK, está certo, o piloto cometeu esta falha, como cometem às centenas todos os dias, mas a mídia esqueceu de pesquisar, quantas centenas de aviões decolaram sem acionar os flaps, e nem por isto se acidentaram. O piloto pode se recuperar desta situação se agir com calma e for habilidoso. Façam uma pesquisa na internet e encontrarão.
Imagem de um Airbus decolando sem os flaps estendidos
Os dois casos que a mídia identificou foram de aviões que não se elevaram o suficiente e chocaram-se com postes ao final de pistas menores que a de Barajas. Portanto alguma coisa já há de diferente nestes acidentes. Dizem que o avião da Spanair perdeu sustentação (“stolou”), por um outro erro do piloto, ao tentar decolar de qualquer jeito e inclinando demais o avião para subir ou perdendo o controle por sua instabilidade. Vocês não estão achando que há muitos erros deste pobre piloto? Quanta incompetência junta seria! Não, não é assim que se divulga e se fazem hipóteses sobre acidentes, falta bom senso a estes jornalistas. Certo, verificou-se que os flaps não foram acionados, e provavelmente este foi um erro dos pilotos, mas se esta foi a causa do acidente ou um simples fator contribuinte há muito que deve ser verificado. É muito cedo para condenar os pilotos. Parece que a mídia não aprende com a história.
Os dois casos que a mídia identificou foram de aviões que não se elevaram o suficiente e chocaram-se com postes ao final de pistas menores que a de Barajas. Portanto alguma coisa já há de diferente nestes acidentes. Dizem que o avião da Spanair perdeu sustentação (“stolou”), por um outro erro do piloto, ao tentar decolar de qualquer jeito e inclinando demais o avião para subir ou perdendo o controle por sua instabilidade. Vocês não estão achando que há muitos erros deste pobre piloto? Quanta incompetência junta seria! Não, não é assim que se divulga e se fazem hipóteses sobre acidentes, falta bom senso a estes jornalistas. Certo, verificou-se que os flaps não foram acionados, e provavelmente este foi um erro dos pilotos, mas se esta foi a causa do acidente ou um simples fator contribuinte há muito que deve ser verificado. É muito cedo para condenar os pilotos. Parece que a mídia não aprende com a história.
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